10 de abril de 2013


Calo cá dentro o que grito de boca fechada.
Amarro as letras uma a uma para que não me saiam disparadas e sem pedir licença.
Se me olharem nos olhos, vêem-nas amordaçadas. Querem sair e eu engulo-as, mais uma vez.
Não é difícil ler-me, não assim, quando me entupo de letras e palavras e pontuações e acentos.
Vejo-as desenhadas na pele. Provocam sulcos. Querem ar.
Toda eu sou frases, prosa, poema, verso... À espera de se cravarem em papel.

Sem comentários:

Enviar um comentário