22 de junho de 2016

Não sei o que sou.
Não sei para que sirvo, se é que temos de servir para alguma coisa.
Não sei qual o meu papel aqui, se é que temos de ter algum.
Não sei se amo ou se alguma vez amei.
Não sei se vou com a maré ou se a maré vai comigo.
E nem sei onde. Se é que vou para algum lugar.
Nem sei se tenho de ir. Seja onde for. Como for. Com quem for.
Não sei nada.
Não sei com que olhos me vejo. Nem sei se me vêem sequer.
Não sei como serei aos olhos dos outros. Talvez não me vejam sequer.
Não sei.