26 de fevereiro de 2013

As tuas cores eram sangue e fogo.
O teu cheiro maresia povoado de neblina.
Nas mãos trazias o ondular das árvores no outono e no sorriso o pôr do sol num abraço. 
Vi-te por dentro, onde melhor te sei. Nas dobras da pele.
Devorei-te em cada som que emitiste na pauta do desejo e perdi-me no momento em que fechei os olhos de êxtase. 
Eras sonho bordado no meu olhar de menina, que me ficou em gota no negro das pestanas.

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