29 de dezembro de 2017


"Gostava de te dizer todas as mil palavras que correm como animais selvagens na minha cabeça até ficar desorientado...
Como eu gostava que elas se juntassem em pequenas alcateias, formando assim frases que fizessem sentido, para deixá-las explodir para o mundo, cá fora, onde vivemos, para a realidade e assim respirarem, mas... elas só vivem no meu mundo... elas correm livremente no meu ser, percorrendo-me, alimentando-me, até eu ficar selvagem como elas...
Eu sei... eu sei que se eu as deixar sair vão transformar-se em realidade e tenho medo. Medo de encarar essa realidade. Medo do impacto dessa realidade... mas mais medo por saber que essas palavras soltas, desorganizadas e selvagens, são palavras que nunca irás conseguir juntar...
Por isso, guardo-as. Aprisiono-as dentro de mim, onde correm livremente...
Sabes? Perdi a conta das frases que escrevi, na minha cabeça, para ti, na esperança que elas fizessem sentido... qualquer tipo de sentido! Talvez não tanto para ti, mas para mim... E vou guardando-as, soltas e perdidas por aí... Talvez um dia as junte e finalmente façam sentido... Para mim... Para ti... Para nós! Um dia... Um dia quem sabe?!
Até lá continuo a escrever-te. A guardar-te em frases. A decorar-te em palavras. Palavras que são tanto minhas como tuas, meu Amor!"

I
(2016)

1 comentário:

  1. Meu Deus... guardo teu blog... como guardarei essas palavras do Pedro!
    Guardarei essas palavras e as direi a alguém.. quem sabe um dia????

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