"Há na intimidade um limiar sagrado,
encantamento e paixão não o podem transpor -
mesmo que no silêncio assustador
se fundam os lábios e o coração se rasgue de amor.
Onde a amizade nada pode
nem os anos da felicidade mais sublime e ardente,
onde a alma é livre, e se torna estranha
à vagarosa volúpia e seu langor lento.
Quem corre para o limiar é louco,
e quem o alcançar é ferido de aflição.
Agora compreendes porque já não bate,
sob a tua mão em concha, o meu coração."
Anna Akhmátova
:)
ResponderEliminarCruzei-me com este poema e está nos meus rascunhos há vários dias, ainda não teve a hora dele... agora vi-o aqui. Andamos sintonizadas, o que é longe de ser bom neste caso...
:)
ResponderEliminarsim... é de facto longe de ser bom.
Amei o poema assim que o li e apesar de não ser bem a hora dele, achei que seria digno de ser lido e relido, até que eu o entranhe em mim...